quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

E por falar em cerveja...

Algumas das cervejas "estranhas" que animaram nosso final de ano
A cerveja é a bebida oficial e nacional do verão brasileiro. O calor é o pretexto para uma "loira estupidamente gelada". Que nem sempre é saboreada. Apenas bebida às pressas, para matar a sede. Mas a verdade é que a cerveja no Brasil (que os políticos que adoram aumentar impostos não nos ouçam) tem fama internacional de ser muito barata.

Há divergências sobre a classificação das cervejas mais consumidas no Brasil. Embora alguns rótulos contenham a identificação "pilsen", há quem assegure que elas estariam melhor localizadas entre as cervejas conhecidas como "standard american lager". Cerveja leve , com sabor mais ou menos uniforme entre as várias marcas, sem grandes emoções gustativas. Fácil de beber, barata e própria, portanto, para consumo de massa.

De uns tempos para cá é que começaram a aparecer algumas novidades. Seja de micro cervejarias ou importadas, já temos acesso a cervejas que fogem do padrão brasileiro de uniformidade. E que, embora alguns bebedores tradicionais possam discordar, têm melhor qualidade.

Apesar dos supermercados de Florianópolis já terem gondolas para as tais "cervejas especiais" e alguns bares oferecerem um estoque grande de marcas de cerveja, a gente ainda se surpreende ao chegar ao setor de cervejas de supermercados de países que apreciam a bebida há alguns séculos, como é o caso do Reino Unido (e da Alemanha, da República Tcheca, da Bélgica, etc).

Geladeira ao ar livre (Se clicar nas fotos, abre-se uma ampliação)
A variedade não é só de marcas, mas também de "sabores". As mais comuns por aqui são Ale, Lager, Pilsen e Stout. E no mundo todo (pelo menos no mundo civilizado) há um crescimento expressivo das pequenas cervejarias. Assim como ocorre em Santa Catarina, onde já é possível fazer um "roteiro da cerveja" bebendo os bons produtos locais em vários municípios. Portanto, as escolhas são difíceis, entre cervejas locais, regionais, nacionais e importadas.

Excelente cervejinha regional

INDICADORES ECONÔMICOS

Já falei, em posts anteriores, sobre a surpresa que foi encontrar aqui preços mais baixos que os do Brasil em vários itens. Pois com a cerveja não foi muito diferente. Tá certo que os preços da cerveja brasileira, das marcas mais consumidas, ainda é mais baixo que os preços que encontrei aqui. Mas estão assustadoramente próximos.

Até onde consegui saber, o preço da garrafa de 600 ml de Skol num supermercado daí está por volta de R$ 2,17, o que dá menos de uma libra (cerca de 0,82). Garrafa de um litro de Skol, no Angeloni, custa R$ 3,99.  É um bom  preço. Mas se a gente começar a sofisticar, a coisa vai ficando mais amarga: Eisenbahn (355 ml), R$ 4,75, Erdinger (500 ml) R$ 12,70...

Em Florianópolis, no supermercado, as latinhas de 350 ml variam de R$ 0,99 (Bavaria) a R$ 1,99 (Heineken).

Bom, esses são alguns dos preços daí, colhidos sem muita precisão, apenas para facilitar a comparação com alguns preços daqui, que anotei num dos supermercados aqui perto de casa (Asda). A conversão de libras para reais foi feita hoje no Google. E a constatação, que me parece óbvia: o Brasil está perto de perder sua fama de lugar onde a cerveja é barata. Pelo menos quanto à cerveja de qualidade, a coisa aí está feia.

Latas de 440 ml (ATENÇÃO: 440 ml)

Foster: R$ 2,45
Stella Artois: R$ 1,72
(nunca é demais lembrar que no Brasil  a Stellinha com 275 ml custa R$ 2,19)
Carlsberg: R$ 1,89
San Miguel (mexicana): 2,75

Lata de 500 ml

Budweiser original (tcheca): R$ 2,15


Garrafas

Grolsch 450 ml: R$ 4,95
Newcastle Ale 550 ml: R$ 4,50
Duvel 350 ml: R$ 4,18
Heineken 650 ml: R$ 5,24
Becks 660 ml: 3,97
Stella Artois 660 ml: R$ 3,97

Nos restaurantes e pubs, é claro que os preços são um pouco mais altos. Tenho tomado pints (copos com 568 ml de chopp) por 3 libras (mais ou menos R$ 8,00). Dependendo da marca e do local, pode chegar a R$ 10,50 ou um pouco mais. Ah, e até agora sempre encontrei as cervejas bem geladas. Até porque a "temperatura ambiente", na rua, equivale ao que encontramos nas geladeiras daí.

Por falar nisso, a unidade básica de consumo por aqui é o pint. Os abstêmios podem pedir copo de meio pint. E como a noitada começa cedo (escurece às cinco da tarde, na hora em que o pessoal sai do serviço e pouco depois os bares já estão cheios), haja pint. Bebendo cerveja à base de copos com meio litro e comendo a excelente comida dos pubs (saborosa, gordurosa e irresistível), temo ter que usar dois assentos no avião, ao voltar para o Brasil.

Bom, fico por aqui. Volto amanhã.

Um comentário:

Maria Marta disse...

Depois deste post acho que vão me fazer encomendas de cervejas e não de whisky! Grande abraço.