A TAM não é exatamente a empresa aérea mais querida por quem viaja com frequencia. Pelo menos no nosso caso, já tivemos muitos dissabores, mas também algumas boas surpresas.
A gente veio para a Europa no dia 18 de dezembro. Segundo o planejamento inicial, Lúcia e eu sairiamos de Florianópolis, Pedro e Sara de São Paulo. E voariamos os quatro juntos, do Rio até Londres. Do Rio porque a passagem era mais barata que saindo de São Paulo.
Claro, no dia o vôo de Florianópolis para o Rio estava atrasado, sem previsão de saída, aí nos ofereceram uma mudança de itinerário. Faríamos São Paulo - Londres. Bagunçou a história da família viajar junto, mas paciência. Pelo menos havia a garantia de pegar o vôo internacional. E como os dois sairiam mais ou menos no mesmo horário, nos encontraríamos em Heathrow.
No dia 19, de manhã, estavamos nos preparando para o café da manhã a bordo, quando notei, no mapa que aparece no video de cada poltrona, que o avião tinha feito uma curva para a direita na altura do Porto, em Portugal. Coisa estranha, porque ainda faltavam duas horas para chegar a Londres e normalmente os vôos de longo curso vão direto ao destino e só quando estão bem próximos é que fazem curvas e outros procedimentos de aproximação ou para pegar uma fila de aterrissagem.
Pouco depois, o comandante comunica que o aeroporto de Londres estava fechado por causa da neve e que iriamos descer dali a pouco em Madri, na Espanha. Uhu! Pelo jeito seria uma viagem cheia de emoções. Nos dias anteriores a gente tinha visto a situação nos aeroportos da Europa atingidos por fortes nevascas. Pelo menos desceríamos num aeroporto mais ao sul, sem neve. E, ao fundo, as más experiências com a TAM criavam uma expectativa ruim.
Ao aterrissar, começaram as surpresas. O despachante local avisou que havia onibus esperando, que iriamos para um hotel, onde teriamos refeições e telefones e que assim que fosse possível continuariamos a viagem. E, para nós, outra boa notícia: o avião do Rio tinha acabado de chegar, estava estacionado ao lado e os passageiros estavam pegando as bagagens.
Encontramos Pedro e Sara e, sem grandes demoras e sem transtornos, chegamos ao hotel, o Meliá Avenida América. De primeira.
Tudo muito surpreendente, em se tratando de TAM. E da situação geral dos aeroportos europeus naqueles dias, que estavam lotados de gente abandonada por suas transportadoras esperando, amontoados e mal instalados, pela abertura das pistas.
Como não havia o que fazer, resolvemos aproveitar a escala inesperada. Pegamos um ônibus na frente do hotel, que nos deixou no centro de Madri. Além de passear um pouco, acabei comprando um casaco de lã no El Corte Inglês, uma das grandes lojas de departamentos espanholas, que estava num preço ótimo. Estava pronto para o frio do nordeste da Escócia, nosso destino final.
No dia seguinte, penamos um pouco com a espera (ainda no hotel, mas já fora dos quartos) para ir para o aeroporto. Mas, novamente levando-se em conta o histórico da TAM e a situação de outros viajantes surpreendidos pela neve, estavamos muito bem servidos.
Para encurtar a conversa, chegamos a Londres no dia 20 à noite. Na hora em que o avião aterrisou, lá pelas dez e pouco da noite, teve até aplausos. Mal sabíamos que o verdadeiro inferno estava para começar. Mais de quatro horas de pé, na fila da aduana inglesa. Mas por enquanto chega. Conto a aventura londrina amanhã.
Fiquem com um filminho que resume a experiência madrilenha.
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