sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O dia-a-dia

O objetivo desta viagem é bem simples: ficar um tempo perto da Marta e do Danilo, para ajudá-los antes e depois do nascimento do Nicolas.

Como vocês sabem, faxineira, diarista, empregada, é coisa de países como o Brasil. Em lugares como o Reino Unido não tem disso. Só gente muito, mas muito rica, pode se dar ao luxo de pagar por uma ajuda para as tarefas domésticas. Com o Danilo tendo que trabalhar (ele é engenheiro mecânico manezinho formado pela UFSC, não tem? contratado pela Schlumberger) e a Marta carregando um barrigão, nossa tarefa (minha e da Lúcia) é manter a casa em dia, fazer comidinhas caseiras e ajudar no dia-a-dia.

A logística foi facilitada pela existência de um hotel a uns 150 m da casa deles, onde nos hospedamos. Com isso mantemos uma certa privacidade (pra nós e para eles) e podemos ir e vir a pé, em poucos minutos.

Num dos próximos posts vou comentar, com detalhe, o sistema de atendimento pré-natal do sistema de saúde do Reino Unido (o SUS daqui). Cada grávida é acompanhada por uma "midwife" (uma espécie de parteira qualificada) e, se tudo vai bem, praticamente nem vê o médico. As despesas e preocupações ficam apenas com a compra do carrinho do bebê, berço, fraldas, essas coisas.

EU E MINHAS SURPRESAS

Sempre achei que a vida no país da libra esterlina deveria ser muito cara. Afinal, a libra vale mais que o euro e bem mais que o dólar. E qual não foi minha surpresa quando, ao fazer o primeiro rancho de supermercado (Asda, da rede Wal-Mart, tal e qual o Big), notei que muitas coisas eram mais baratas que no Angeloni. Ou no próprio Big. E nada era muito mais caro. Se quiserem comparar, é só dar uma olhada no site deles, aqui.

Quando eu falo "mais barato", é claro que já fiz a conversão. Em geral, multiplico o preço em libras por 3, para ter o valor em reais (se quiser ser bem exato, uma libra vale cerca de 2,7 reais). E, mesmo assim, a conta do restaurante chiquetoso, por exemplo, sai mais em conta que em muitos restaurantes nem tanto da nossa ilha.

Enfim, acabei constatando que o Brasil tem um custo de vida tão alto, que até no Reino Unido, ora vejam só, a gente acha que as coisas não são asssim tão caras. E olha que nem falei dos telefones celulares (em comparação, o que fazem conosco no Brasil é roubo), da tv por assinatura (a Sky tem pacote completo, com centenas de canais, dezenas em HD e vários em 3D, mais barato que o pacote completo capenga da Sky no Brasil), do custo de água e luz e dos impostos e seu retorno.

Ah, o Pedro e a Sara deram uma chegadinha a Dublin, na Irlanda, pela Ryanair, pagando uns R$ 30 (mais taxas) pela passagem aérea.

Bom, agora vocês já sabem que não estou só no bem bom, turistando. Já lavei as janelas (náo ficou muito bom, vou ter que lavar de novo), já passei aspirador de pó, já lavei muita panela (os pratos e coisas menores a máquina lava), já ralei muito queijo, já levei muito lixo pra lixeira e pros conteineres de descartáveis. E neste exato momento a Lúcia tá pegando no meu pé, para que eu pare de blogar e comece a trabalhar, que já são quase onze horas e ainda não fiz nada que se aproveite.

E lá fora, desde que começou o ano, nada de neve. Mas pelo menos tem céu azul e sol brilhante (não esquenta nada, mas ilumina bastante) e, nesta semana, uma lua esplendorosa, a mesma que vocês, em outra temperatura, também devem estar admirando.

Amanhã eu volto, pra mostrar umas fotinhas da paisagem.

Um comentário:

Marcia E disse...

Muito legal, parabéns e felicidades à família toda. Obrigada por compartilhar estas emoções com a gente.