quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Scotland, pero no mucho

Leitores mais observadores já notaram que não fiz até agora nenhuma referência a dois ícones escoceses: o uísque e o haggis. As explicações são relativamente simples.

1. Como estou na cidade onde os irmãos Chivas (os tais que em 1909 lançaram o Chivas Regal, primeiro blended de luxo de fama internacional) instalaram sua lojinha de secos e molhados em 1801, fico um pouco constrangido de não falar de uísque. Mas o fato é que não sou apreciador. Não saberia distinguir, no paladar, entre um blended e um single malt. Precisaria ter comigo meus amigos Mário Medaglia e Flávio Sturdze, para poder analisar com alguma profundidade e graça o panorama que se descortina nas imensas prateleiras de uísques dos supermercados. Numa das próximas folgas, talvez vá visitar uma das inúmeras destilarias que existem por aqui. E aí falarei um pouco sobre essa bebida que ajudou a tornar a Escócia conhecida no mundo inteiro.

2. O prato nacional da Escócia é o haggis. Todo dia 25 de janeiro, ou nas proximidades, ocorrem celebrações noturnas em memória do grande poeta escocês, Robert Burns, nascido nessa data. E, no centro das solenidades, está o haggis. A quem Burns dedicou um poema.

Para saber o que acontece numa ceia da Burns Night,  clique aqui (em inglês).

Como estou numa casa de brasileiros e acompanhado de uma cozinheira brasileira, é claro que o menu não é escocês. E nos restaurantes, mesmo nos pubs, que em geral têm um cardápio mais local, tenho passado ao largo do haggis, porque nunca fui muito adepto dos miúdos.

A grosso modo, o haggis é um prato feito com miúdos de ovelha (principalmente o coração, pulmões e fígado), temperados e misturados com gordura e aveia, enfiados no estômago da própria ovelha, que é costurado e colocado para cozinhar por várias horas. Tem pronto nos supermercados, mas quem quiser ver um guia ilustrado de como é feito, é só clicar aqui.

Acredito que muita gente goste desse tipo de comida. Aqui tem muitos entusiastas. Mas eu, infelizmente, não sou chegado. Sorry.

Um comentário:

Mário Medaglia disse...

Seguinte meu jovem: sobre o castelo, gostei da idéia da catapulta. Vou adotá-la junto com o fosso cheio de crocodilos do Nilo. Com o fosso e a ponte elevadiça, sabes, impeço o acesso dos indesejáveis. A catapulta serve para o fim dos casamentos. Quanto às cervejas, vê se para de inticar com os amigos cervejeiros. Abs